No dia 2 de setembro de 2024 a gente decidiu desentalar um tanto de sentimentos que estavam presos aqui na nossa garganta:
E aí dois dias depois, literalmente, no dia 4 de setembro, a advogada e influenciadora Deolane Bezerra é presa.
O que parecia ser um grito só aqui de dentro se torna a possibilidade de um grito para toda a sociedade:
Até então, qualquer pessoa que decidisse criar qualquer tipo de conteúdo na internet costumava ser chamado de: blogueira, influenciadora, creator, influencer. Quase que sinônimos para descrever o que aparentava ser uma única profissão. Mas há algum tempo temos sentido um incômodo em ocupar essa caixa. Por aqui, começou a apertar, cada dia mais. O que éramos então? Foi o que partimos para descobrir e o que conseguimos, como você pode ler aqui.
Mas aí o roteirista da nossa novela colocou, 2 dias depois desse novo posicionamento, a oportunidade de escalar essa ideia usando um acontecimento público e de grande proporção para contar uma história, quem sabe ajudar a escrever uma nova história.
Dentro do universo das pessoas que criam, quais então seriam as possíveis categorizações? Esse é o trabalho investigativo que vamos realizar neste mês de setembro, mas se a gente puder dar um spoiler e dividir as pessoas que atuam no campo da criação digital da maneira mais grosseira o possível, diríamos que a linha de corte é a ética.
Vocês não sabem, mas #ainternetqueagentequer é um código de ética da Contente. Dentro desse código, temos como regras:
A criação de conteúdo autoral: estamos aqui para nos expressarmos criativamente criando o que consideramos ser a nossa mais bonita expressão para um mundo melhor. Não estamos criando para “crescer um perfil no Instagram”. Queremos sim, que cada vez mais pessoas tenham acesso aos nossos conteúdos. Mas não a qualquer custo.
A checagem de dados: nada sai na Contente sem estar baseado em dados disponíveis para consultas públicas. Não somos um instituto de pesquisa (quem sabe um dia) mas saiba que o que você lê aqui está ancorado em muito mais bases do que a nossa própria opinião.
A não violência nas mensagens: o mundo inteiro pode esbravejar que o que dá engajamento é a treta, a crítica, a fofoca, as opiniões absolutas. Não recorremos a esses recursos na nossa comunicação pois acreditamos ser antiético.
E a lista continua, com uma grande teia de nuances, que cresce a cada dia. Me interessa imensamente a ampliação massiva do conceito de ética. Não existe nada mais bonito na vida do que viver eticamente. Você deita a cabeça no travesseiro e dorme. Como se não bastasse isso, você ainda não corre o risco de olhar pra trás e se arrepender. Como não somos perfeitos, todos sabemos do que estamos falando.
– Quem estará nas trincheiras ao teu lado? – E isso importa? – Mais do que a própria guerra.
Ernest Hemingway
Pessoas queridas que nos leem: este é só o início de uma série de conversas que teremos sobre o tema. Se por acaso você trabalha em alguma marca ou instituição que tenha interesse em ampliar o alcance dessa conversa, vamos falar? luiza@contente.vc
Com carinho,