Não é casual inventar o trabalho que a gente quer
Uma história sobre a jornada da Contente, desde o seu lançamento até agora
Por anos, como empreendedora, tentei falar o idioma que o mercado pede. Constantemente pensando que deveria ser mais estratégica, agindo a partir de ideias que ilustram bem um keynote, geralmente cheio de termos em inglês. Eu até sei falar esse idioma quando precisa. Mas eu gosto mesmo é de escrever em português.
A internet que a gente quer
Empreender para mim e para a Daniela não foi sobre criar uma empresa. Foi sobre sentir a necessidade de criar um espaço para o que sentíamos dentro de nós. E a força foi tão grande que rompeu a barreira que sabemos que existe quando o assunto é criar e expor sua criação no mundo.
Não é fácil. Criar exige de você uma entrega ao outro considerável. Você coloca pedaços grandes de si no que cria. Usa fatias enormes do seu tempo. Cava brechas. Você se expõe. Se torna vulnerável. Faz um convite aberto para adentrarem na sua vida sem saber ao certo o que ou quem vem junto. É um salto no escuro que continuamente te abala e te motiva. Mas, às vezes, você não tem escolha. Não tirar isso de dentro parece inviável.
E aí você me pergunta: o que tem de bom então nesse suplício, capaz de fazer você se submeter a tudo isso, rs?
Vou explicar como é pra mim. Minha primeira motivação é pessoal: você pode literalmente adoecer do corpo ou da mente se não criar e comunicar o que você sente que precisa. Já vi acontecer e já aconteceu comigo.
A segunda motivação é sobre propósito: se você tem a capacidade de contar boas histórias – e é isso o que uma pessoa criadora faz – você deveria fazê-lo. O mundo é feito de histórias. E é de boas histórias que precisamos para sair do buraco em que entramos.
E aí nesse ano, junto com a maturidade (essa coisa linda), eu finalmente compreendi que a Contente age sim com muita estratégia. Mas a nossa estratégia é dizer o que dentro das nossas mentes e dos nossos corações precisa ser dito.
E a mágica é que a gente sabe fazer isso para outras pessoas e times também.
Na Contente, a nossa especialidade é chegar no coração do que precisa ser dito.
E, como você tem um dentro do peito, sabe que ele sente de tudo. Leia-se coração como o centro, não importa qual seja o sentimento.
Nosso trabalho: tocar pessoas.
Ou se quisermos usar o idioma da estratégia: sensibilizar a sociedade.
É o que fazemos de melhor.
Nós somos criadoras de novos mundos porque precisamos criar mais do que a #internetqueagentequer.
É hora de imaginar e criar #omundoqueagentequer.
É hora de usarmos a criação para imaginar mundos melhores, com base na ciência sempre, mas, com um peso igual, com base na sensibilidade. É necessário resgatar a sensibilidade.
Por que?
Um trecho da fala de Vladimir Pinheiro Safatle, professor, filósofo, músico e psicanalista sobre “Como construir esteticamente um povo: fascismo e indústria cultural no Brasil”
E sensibilizar é o que fazemos em tudo o que tocamos.
Nos trabalhos que são apoiados por organizações.
Nas ações que são patrocinadas por marcas.
E nas criações que nascem como fruto de um constante investimento no nosso próprio trabalho: as autorais (cada vez mais, temos dado match com clientes e financiadores que estão mudando essa proporção. Se você for alguém que se vê fazendo parte desse tipo de construção, vamos marcar uma conversa?)
É isso mesmo que você leu: pra gente é tão importante fazer esse trabalho que a gente investe para fazê-lo.
E seguir nosso coração tem sido um bonito investimento. Um investimento que tem possibilitado a esta pequena empresa (hoje composta por três pessoas + uma teia de incríveis parceiros) a seguir prosperando no Brasil há mais de 14 anos.
Tendo criado um dos projetos mais inovadores e de maior sucesso na história do Instagram, o Instamission, que inaugurou nesta plataforma a criação coletiva dentro de comunidades. Imagine milhares de pessoas criando imagens sobre um mesmo tema (bonito demais). E um êxito igualmente grandioso comercialmente falando, tendo sido patrocinado por mais de 300 das maiores marcas do Brasil e do mundo.
Criando o movimento #ainternetqueagentequer em 2015 e a @contente.vc em 2019, que foram, respectivamente, o primeiro movimento e o primeiro veículo a comunicarem de forma mais abrangente e popular os impactos individuais e coletivos da nossa relação com as telas e com a tecnologia. Hoje essa conversa parece óbvia, mas acredite quando dissermos que quando começamos a falar disso era meio papo de maluco.
Hoje, nos entendemos com uma empresa criadora de mundos, uma empresa que imagina e cria:
E o que mais desejarmos coletivamente sonhar, criar e comunicar, sempre em comunidade.
O que a gente quer? Contar histórias melhores para o mundo. Nós queremos, pouco a pouco, ser uma voz que nos ajuda a desintoxicar de discursos que nos levam a todo tipo de ruína. Chame-nos de utópicas, e é isso o que somos. A gente vê o mundo mudar para bem e para o mal ao mesmo tempo o tempo todo, e a gente quer pesar a balança para o lado de uma mudança mais saudável.
Eu, Daniela e Ylanna estudamos compulsivamente para isso.
Nunca não estamos estudando para isso – e esse é um estudo de uma vida inteira.
Agora peço licença para contar a história de como aumentamos o nosso alcance de 2 milhões para 10 milhões de pessoas em um mês:
Recentemente aconteceu um alinhamento misterioso de desejos e intenções das três criadoras aqui na Contente e, assim, “de repente” tudo mudou (até parece, rs, só a gente sabe o que a gente passou para chegar aqui).
Pois, então, a gente está nessa fase. E está muito empolgante. A vontade é de engolir o mundo, mas com a diferença de que agora a gente está sabendo fazer todo dia o que é possível, em vez de travar com a imensidão do que poderia ser feito. É aquela coisa, né? Se você estudar nos próximos 365 dias um novo idioma, daqui a um ano falará alguma coisa. Se não, o ano vai passar de qualquer jeito. Bonito esse discurso, pena a dificuldade em fazê-lo, mas o fato é que estamos fazendo.
E aí, gente, em um mês, o alcance orgânico da Contente (orgânico quer dizer que tem zero anúncios) subiu de 2 milhões para 10 milhões de pessoas. E isso porque o Instagram só entregou nosso conteúdo para 5% dos nossos 670 mil seguidores.
Isso aqui é de 1 a 30 de julho:
Isso aqui é do último mês:
Nossos conteúdos com maior alcance? Os de sensibilização da sociedade em relação às pautas que importam para criar #omundoqueagentequer.
O feedback que um dos nossos clientes nos deu na reunião mais recente que fizemos foi o seguinte:
“As pessoas mais relevantes e que não imaginaríamos repostaram os conteúdos, crescemos mais de 30% com apenas duas publicações, e sem collab. Nossa diretora foi parada publicamente para receber elogios sobre o movimento que estamos fazendo e, além de tudo, nosso trabalho serviu como uma grande ação de empoderamento interno: o time está mais motivado e orgulhoso de trabalhar aqui.”
Eu não poderia explicar melhor o que a gente faz.
Obrigada a você que leu até aqui e que tem ajudado a espalhar o nosso conteúdo de tudo quanto é forma, por direct, por repost, por stories, por print pra mandar no Whatsapp, pra ilustrar o seu post, tem gente que transforma em fundo de tela, papel de parede, já imprimiram também. Que honra saber que você vê valor nas histórias que contamos. Que bom que você também cria e conta essas histórias junto com a gente.
Com carinho,
vcs fazem muito sentido pra mim! obrigada por tanto queridas!
Que inspirador esse texto.. Quando recebi na minha inbox, o título já me cativou de cara.. Depois, entrando no conteúdo, fiquei ainda mais empolgada. Como é potente quando a gente vê a intencionalidade acontecendo assim, na nossa frente, e dando resultado, para criar o #omundoqueagentequer. Eu comecei minha carreira de criadora / escritora há pouco mais de 1 ano, no dia das mães de 2023, logo após meu segundo aborto espontâneo, quando lancei minha news por aqui "De Luto e Lutas: relatos de uma ex-workaholic mãe de 2 anjos". Nela eu buscava trazer awareness tanto para perda gestacional como para a injusta balança corporativa que existe para nós, mulheres e mães. A news foi fundamental para eu elaborar minha dor e pensar no mundo que eu queria, e cada vez mais eu sentia que simplesmente precisava criar, precisava falar. Desde então, foram vários textos, elaborações, provocações, inquietudes e evoluções.. E isso tudo me levou a um re-naming da minha news, recém lançada na última sexta-feira, que virou agora, "Somos Nós", e que tem ainda mais presente esse senso de criação como movimento, provocação, solução, busca. Aí na segunda-feira chega esse texto da Contente, que me fez ter ainda mais certeza que esse é o caminho e que não estou sozinha. Estou agora grávida de 8 meses da minha filha, e cada vez mais eu quero acreditar que é possível sim criar um mundo mais humano, mais empático, mais solidário, pra ela.
Obrigada a essas 3 mulheres da equipe Contente por me ajudarem a acreditar Vocês são realmente muito inspiradoras!
Aproveitando, se quiserem conhecer a minha news, é só acessar aqui: https://paolazbehs.substack.com/